Entrevista a José Couceiro

2015/02/04

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José Couceiro começou a sua carreira como futebolista, mas é como dirigente e treinador que mais é conhecido, tendo ganho muita da sua reputação como um dos grandes renovadores do Sindicato de Jogadores de Futebol.

Foi dirigente do Sporting Clube de Portugal e no seu “curriculum” de Treinador conta com passagens pelo F.C.Porto, Sporting, Selecções Nacionais Sub.21, Lokomotiv de Moscovo, Selecção da Lituânia entre outros.

É actualmente treinador do Estoril, entando neste momento no 8º lugar da 1ª Liga e continuando a perseguir a repetição de um lugar “Europeu” para 2015/2016.

Sem dúvida uma das nossas mais-valias na Meritis no encontro e apoio a novos talentos, algo que sempre foi apontado como um dos seus pontos fortes.

O desporto sempre foi a tua paixão, ou querias em criança ter outra profissão?

 “O desporto sempre foi uma paixão, em particular o futebol.”
 

Nos dias de hoje ouvimos histórias de “miúdos” com menos de 10 anos a serem contratados por clubes. Com que idade pode ter-se uma noção se um jovem vai vingar como futebolista?

“Normalmente é no intervalo entre os 16/17 e os 22/23 que se consegue ter uma certeza sobre o futuro de um jovem jogador.  Aos 10 anos é muito difícil ter certezas.”

Qual o papel fulcral que julgas deve ter um treinador, um professor ou mesmo um dirigente desportivo no sentido de não “estragar” uma carreira de jovem de mérito reconhecido?

“Esta pergunta dá uma tese.  Penso que não se deve ultrapassar etapas de crescimento, mesmo perante um enorme talento. Mas também não se pode permitir que esse talento esteja em degraus inferiores somente com o intuito de vencer.  Por outro lado a componente pedagógica nunca pode ser descurada, há mais vida para além do desporto.”

É natural que nesta tua ligação como sócio fundador da Meritis possas estar mais atento a jovens de potencial talento na modalidade em que és profissional. Há, no entanto, alguma outra área ou modalidade que gostasses de também ver “assistida” pela nossa associação?

“O apoio de uma associação como a Meritis não se deve limitar por modalidade. Devemos, quando temos possibilidades, apoiar talento independentemente da modalidade.”

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